Chega. Ergui minha preguiça daquele gramado verdinho, e não quero mais ficar assistindo a vida. Quero agora aumentar a bagagem do dia a dia. Não posso apresentar a mala vazia lá na porta do paraíso anunciado. Ah, metáfora minha, fantasia desenhada no imaginário... isso faz bem, às vezes. É bom brincar de pintar sonhos, aquele faz-de-conta de criança. Muito fiz de conta! Pudera, era só o que me restava. A realidade era feia e cinza. Então, criava imagens coloridas nas noites escuras do meu quarto infantil. Longas noites, que duraram anos e anos. Assim, programando nas noites, fui inventando meus dias, dando-lhes o colorido necessário, sem o qual a vida ficaria muito mais triste. Criei, assim, minha alegria própria de viver. E venho vivendo. Sempre de mãos dadas com o sonho, embora adiado muitas vezes, deixado de lado por esta ou aquela desculpa, mas cumprindo sempre um papel fundamental: preenchendo as lacunas das tristezas diárias.
Será estratégia de adulto pra suportar a rotina?
Pode ser.
Mas sabem que funciona?
terça-feira, 13 de outubro de 2009
INÉRCIA
Hoje não tô a fim de matraquear, nem filosofar a toa.
Queria deitar na grama verdinha e ficar até o sol se despedir, e o véu da noite descer. Nem sei dizer porquê. Acho que é preguiça, ou cansaço das pessoas e seus conselhos chatos, pincelados de moral falida e de rabugice.
Queria... nem sei mais o que queria. Acho que queria apenas ficar e assistir a vida avançando, existindo, sem medo do próximo.
Próximo que ameaça o próximo, sempre.
Desejo simples e impossível...
O relógio não permite.
O chefe não permite.
O próximo não permite.
Pior que tudo: eu não me permito!
Queria deitar na grama verdinha e ficar até o sol se despedir, e o véu da noite descer. Nem sei dizer porquê. Acho que é preguiça, ou cansaço das pessoas e seus conselhos chatos, pincelados de moral falida e de rabugice.
Queria... nem sei mais o que queria. Acho que queria apenas ficar e assistir a vida avançando, existindo, sem medo do próximo.
Próximo que ameaça o próximo, sempre.
Desejo simples e impossível...
O relógio não permite.
O chefe não permite.
O próximo não permite.
Pior que tudo: eu não me permito!
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